segunda-feira, 22 de junho de 2009

Gamboa, foice e martelo






O que que a Gamboa tem a ver com a história do comunismo no país? pra quem não sabe, era de uma pequena gráfica situada na Rua Leôncio de Albuquerque que vários periódicos do Partidão(PCB) ganhavam as ruas de vários pontos do país. A boa notícia é que a gráfica do Partidão vai virar a sede do Museu da Imprensa Comunista. O museu além de abrigar periódicos, livros e materiais de propaganda elaborados pelos comunistas, também franqueará ao público uma genealogia dos líderes populares e registros visuais, como a microfilmagem da participação brasileira na Terceira Internacional, em 1919. Parabéns ao PPS(dissidência do PCB) pela proposta de criar o memorial da Imprensa Comunista no mesmo local, onde nos anos 70 ocorreu até mesmo atentado a bomba durante o sombrio regime militar.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Dolores Duran


Adiléa da Silva Rocha nasceu na Rua do Propósito, no bairro portuário da Saúde, no dia 07 de junho de 1930. Começou a cantar muito cedo e, quando seu pai morreu, ainda adolescente, passou a ser a referência econômica da família. Ganhava a vida cantando. Aos 16 anos assina como Dolores Duran, nome artístico como ficará internacionalmente conhecida.
Dolores cantava em inglês e francês(aprendeu sozinha essas línguas) com a mesma desenvoltura com que cantava em português. Isso fica claro no CD Dolores Duran Entre Amigos que contem um conjunto de dez gravações do final dos anos 50 que flagra Dolores no auge de sua forma, em encontro espontâneo(um sarau na casa de Geraldo Casé), despretensioso e informal com ninguém menos que Baden Powell, Manoel da Conceição (o Mão de Vaca) e Chiquinho do Acordeom. Em clima de jam session, com muito improviso instrumental e scat singing, Dolores desfia um repertório primoroso jamais registrado por ela em vinil, que inclui standards da música americana, como "How High the Moon", "Cry me a River" e "Cheek to Cheek"; um clássico da canção francesa(Hymne a L’Amour); e pérolas do samba-canção de seu tempo.
Além de cantora excepcional, revelou-se uma compositora de primeira. Dolores compôs clássicos como "A Noite do Meu Bem" e "Estrada do Sol"(esta última em parceria com Tom Jobim).
Em 23 de outubro de 1959, Dolores chegou em casa as 7:00 horas da manhã, após fazer um show, teria dito a empregada: "Não me acorde. Estou cansada. Vou dormir até morrer". Chegava ao fim a meteórica carreira da cantora, que ainda menina(12 anos), foi capaz de surpreender o exigente Ary Barroso que comandava, na rádio Tupi, o programa Calouros em Desfile, obtendo nota máxima.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Movimento Pro-Lona Cultural na Zona Portuária


A arte e a cultura são dois requisitos imprescindíveis para o processo educativo do ser humano. Entretanto, geralmente ambos são relevados a um plano de pouca importância.
Nós do Prata Preta, desde longa data, acalentamos o sonho de uma lona cultural na região portuária e pretendemos dar início a uma série de conversações com os moradores da região, principalmente aqueles que atuam na esfera da produção de eventos culturais, para que possamos juntos criarmos um movimento Pro-Lona Cultural na Zona Portuária.
Pra quem não sabe o que é uma lona cultural, ela é um equipamento que oferece atividades culturais como teatro, dança, artes plásticas, música a preços populares, quando não de graça. O primeiro equipamento deste tipo foi instalado na Pça 1º de maio(lona Cultural Hermeto Pascoal) em Bangu. A concretização desse sonho foi o resultado de muita organização e luta dos moradores desse bairro da ZO.
Outro ponto interessante sobre as lonas é o fato de que suas portas estão abertas para os artistas da região apresentar seus trabalhos, o que a torna um espaço democrático na medida em que em outros equipamentos culturais somente os artistas consagrados tem voz e vez.
PS: “A gente não quer só comida, a gente quer bebida, diversão e arte” Titãs