segunda-feira, 15 de junho de 2009

Dolores Duran


Adiléa da Silva Rocha nasceu na Rua do Propósito, no bairro portuário da Saúde, no dia 07 de junho de 1930. Começou a cantar muito cedo e, quando seu pai morreu, ainda adolescente, passou a ser a referência econômica da família. Ganhava a vida cantando. Aos 16 anos assina como Dolores Duran, nome artístico como ficará internacionalmente conhecida.
Dolores cantava em inglês e francês(aprendeu sozinha essas línguas) com a mesma desenvoltura com que cantava em português. Isso fica claro no CD Dolores Duran Entre Amigos que contem um conjunto de dez gravações do final dos anos 50 que flagra Dolores no auge de sua forma, em encontro espontâneo(um sarau na casa de Geraldo Casé), despretensioso e informal com ninguém menos que Baden Powell, Manoel da Conceição (o Mão de Vaca) e Chiquinho do Acordeom. Em clima de jam session, com muito improviso instrumental e scat singing, Dolores desfia um repertório primoroso jamais registrado por ela em vinil, que inclui standards da música americana, como "How High the Moon", "Cry me a River" e "Cheek to Cheek"; um clássico da canção francesa(Hymne a L’Amour); e pérolas do samba-canção de seu tempo.
Além de cantora excepcional, revelou-se uma compositora de primeira. Dolores compôs clássicos como "A Noite do Meu Bem" e "Estrada do Sol"(esta última em parceria com Tom Jobim).
Em 23 de outubro de 1959, Dolores chegou em casa as 7:00 horas da manhã, após fazer um show, teria dito a empregada: "Não me acorde. Estou cansada. Vou dormir até morrer". Chegava ao fim a meteórica carreira da cantora, que ainda menina(12 anos), foi capaz de surpreender o exigente Ary Barroso que comandava, na rádio Tupi, o programa Calouros em Desfile, obtendo nota máxima.

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